Ator, diretor, dramaturgo e produtor de teatro, formado em Comunicação Social em 2001 pela Universidade Braz Cubas. Fundador e membro da Cia do Escândalo desde 1995, companhia de teatro baseada na cidade de Mogi das Cruzes. Também foi fundador e gestor do Galpão Arthur Netto de Cultura e Cidadania, espaço cultural fundado em 2006 e aberto diariamente ao público em junho de 2009, sede de uma intensa programação cultural na região do Alto Tietê, envolvendo música, teatro, circo, cultura popular, dança e política cultural, com sede física até Outubro de 2019. Coordenador da Oficina Livre de Teatro “O Ator-criador” no mesmo espaço, de 2010 até 2018, em que dirigiu 20 espetáculos de companhias formadas nessa oficina. Além disso, também no Galpão Arthur Netto, trabalhou na produção da circulação de mais de 500 espetáculos no espaço cultural, englobando programação, assessoria de imprensa, produção executiva e produção em geral. Foi produtor executivo do FIIT - Festival Internacional de Itinerâncias Teatrais, com edições em 2013 e 2014, que promoveu encontros e apresentações teatrais de e entre artistas das Américas, Europa, África e Ásia e a comunidade do Alto Tietê (SP). Em 2013, foi criador e co-produtor do 1° Seminário Internacional de Teatro do Estado de São Paulo, com participação de grupos da região e também do Contraelviento Teatro (Equador), Teatro El baul (Colômbia) e do Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards (Itália). Foi produtor executivo e coorganizador do Festival Internacional Knots Nudos Nós, edição Brasil, que ocorreu na cidade de Mogi das Cruzes-SP em janeiro de 2017. Ator e diretor há 25 anos, participa intensamente de atividades e discussões sobre produção e fruição da arte e cultura no estado de São Paulo, na região Sudeste e em movimentos nacionais de teatro. Militou de 2010 a 2018 no Fórum do Litoral, Interior e Grande São Paulo, participando, com outros movimentos artísticos, culturais e sociais, e também com a Secretaria do Estado da Cultura de São Paulo, em pautas como o PROAC, entre outras. Foi Conselheiro de Teatro do Conselho Municipal de Cultura da cidade de Mogi das Cruzes por 02 anos. Nos últimos 02 anos, além de atuar e dirigir o espetáculo "Esperando Agenor" (estreia adiada), co-organizou o Festival Dente de Leão, celebrando a trajetória do espaço físico do Galpão, organizou o 1° Encontro de Pedagogia Teatral do Alto Tietê, a convite da Associação Cultural Opereta, produziu e realizou a apresentação da leitura encenada do espetáculo "Intolerância", no Festival Online de 26 anos da mesma Associação Opereta, além de produzir, junto com os Contadores de Mentira, uma série de 11 laives chamadas "Cultura Hoje", abordando os aspectos gerais do cotidiano e produção de artistas durante e após a pandemia. Orienta o Experimento Teatral Online, com atrizes e atores com experiência, no sentido de pesquisar o teatro em plataformas virtuais e montar e apresentar um espetáculo nesse formato.

Intolerância

Sim

Intolerância é um espetáculo que foi criado entre 2006 e 2009, no âmbito da Cia do Escândalo (que esse ano completa 25 anos), e fala da escalada de violência gratuita na sociedade brasileira. O texto foi escrito durante o processo e, por isso, tem influência de várias trabalhadoras e trabalhadores do teatro que passaram pelo processo, incluindo o próprio Arthur Netto, ator e diretor, fundador do grupo, e morto em 2006 devido a uma agressão sofrida, de madrugada, na saída de uma casa noturna em Mogi das Cruzes. Esse fato, com certeza impactou muito na dramaturgia e na carga de reflexão presente na obra, que foi apresentada até 20011. Corta pra 2020. Pandemia. A Cia do Escândalo, conversando sobre possibilidades de criação nesse momento de quarentena, se depara com o texto e com sua atualidade e adequação ao momento e ao apelo "online" da arte. O tema segue mais atual do que nunca, pois com o avanço do pensamento conservador de direita, no Brasil e no mundo, a intolerância religiosa, de gênero, o machismo, a homofobia, e a discriminação social alcançam níveis estratosféricos, juntamente com os episódios de violência. Por outro lado, populações oprimidas como o povo preto e as mulheres intensificam suas lutas por direitos civis, começando a exercer sua intolerância contra a violência que sofrem há séculos. E o espetáculo fala de uma episódio específico que procura jogar luz nesse processo. No texto um cidadão (ou cidadã), acabou de atirar em um motoboy, num conflito depois de um acidente de trânsito, e chega em casa apavorada(o) com as possíveis consequências. Durante as horas seguintes a personagem começa a tentar entender o ocorrido, buscando maneiras de justificar o ato violento que pode ter tirado a vida do motoboy. Nesse contexto, os pensamentos mais complexos, controversos, desconexos e característicos de um pensamento que legitima a violência passam pela cabeça do/da cidadão/cidadã, se materializam em cenas do espetáculo, e ajudam a construir um possível panorama de como, no limite, tendemos, como sociedade, a não aceitar o(a) outro(a), e, como consequência, a agredi-la(lo). Usando três ângulos de câmera, essa montagem de teatro (online) se aproxima do cinema no uso do corte. Por outro lado, cada ângulo de câmera representa uma textura psicológica da personagem. Toda a apresentação é feita ao vivo e transmitida por plataforma virtual. A proposta a) Foi realizada uma apresentação da leitura encenada do espetáculo "Intolerância", no Festival Online da Associação Opereta (Ago20); b) A contrapartida será hospedada em: https://www.facebook.com/galpaoarthurnetto; c) Divulgação: postagens nas redes sociais da Cia do Escândalo, do Galpão Arthur Netto e do proponente Manoel Mesquita Junior, além de listas de transmissão de aplicativos de mensagens e material enviado para imprensa local; d) A estimativa de público: 50 pessoas ao vivo e 800 pessoas em nos meses posteriores; e)https://www.facebook.com/EspacoCulturalOpereta/videos/2771585206394491/

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Manoel Lucena Mesquita Junior - CPF 17471934883 - Ator, diretor e dramaturgo Vitor Gonçalves da Silva - CPF 15742181744 - Diretor de fotografia e Operador de Imagens