Aldir Blanc
Edital nº 019/2020: Projetos Culturais

PROJETOS CULTURAIS 3
Projetos grande porte

Classificado 15º Selecionado 49,00 pontos Premiação R$ 25.000,00

  • GRUPO CHARANGA – FORMAÇÃO ARTÍSTICA

    Proponente: Lucas do Espirito Santo

  • O grupo Charanga é um coletivo musical formado nas bases do curso de música da Escola de Artes AJPS, composto por jovens músicos e compositores de várias regiões da cidade de Mogi das Cruzes. Em 2018 tiveram a oportunidade de gravar o seu primeiro e único disco, intitulado Varal de Canções, com o mérito de ser um trabalho completamente autoral, com arranjos e coprodução assinada por todos os integrantes, que naquele momento atuavam. Á partir daí as possibilidades de seguir com esse trabalho se esbarraram nas dificuldades que o concorrido mercado musical impõe, uma vez que não basta apenas gravar um bom disco, sendo necessário um trabalho árduo de pós-produção, que envolve contrato com distribuidora, assessoria de imprensa especializada, filiação em associação musical, geração de ISRC, site oficial, editora, entre outros recursos necessários para qualquer artista ou grupo musical que queira conquistar o seu espaço. O perfil do referido coletivo musical é caracterizado como um aglomerado de artistas, que se renova constantemente, agregando sempre novas caras e talentos com o passar dos tempos, sendo assim a Charanga é em primeiro lugar um agregador musical em que todos que compõe esse conjunto atua em favor da sua continuidade através da renovação constante, sendo necessário a fixação de uma estrutura que permita que o trabalho seja visto, conhecido, consumido e se multiplique. A proposta apresentada nesse projeto sugere a estruturação profissional do referido grupo, através da montagem de uma base que torne possível a inserção desse trabalho em um modo de maior visibilidade e acesso por parte do público, para que torne possível a sua continuidade, atendendo aos moldes atuais de relação social.
    A Charanga não é exatamente uma banda, é um projeto musical de formação de artistas em que há um núcleo mais experiente que atua como frente, assumindo situações de palco, registros, entre outras atividades quando requisitado. Se trata de um coletivo de aprendizado musical que foi criado na Escola de Artes AJPS, para incentivar indivíduos que tinham aptidão mais aflorada em relação a música, fazendo surgir a partir daí um grupo de notórios músicos instrumentistas, cantores, compositores e poetas, que passaram a ser aproveitados nos espetáculos anuais da escola, adotando a execução ao vivo de músicas, o que aconteceu no ano de 2015 com a apresentação de primeira edição do espetáculo “Mãe Coragem”, sendo essa a primeira aparição em palco e em uma situação profissional do que viria a ser batizando como Charanga, que nessa ocasião já foi responsável pela criação de parte do trilha sonora e versões do repertório. O relato sobre esse espetáculo, particularmente se faz necessário para uma melhor compreensão sobre o que é exatamente esse projeto, pois foi após o Mãe Coragem, que esse grupo de jovens músicos, com média entre 13 e 15 anos de idade à época, passou a desenvolver um formato de aprendizado mútuo, onde todos buscavam tirar o máximo de aptidões e percepções dentro no universo musical, com o suporte de um orientador fixo para ajudar nesse processo, sendo assim a escola passou a ter as turmas convencionais de música, e a Charanga, um núcleo composto por um grupo de músicos capazes de criar trilhas sonoras, letras e poesias, bem como a interpretação de peças a obras com alto grau de complexidade, sendo essa a marca de todos os espetáculos que vieram depois, sendo 06 ao todo, entre 2015 e 2019. Em resumo, a Charanga é um projeto de formação artístico musical, ligado a Escola de Artes AJPS, responsável pelo aperfeiçoamento e preparação dos indivíduos mais notórios das turmas de base, para atividades artísticas mais profissionais, sendo a Charanga então, o mais alto nível a ser alcançado nesse espaço de formação, sendo também uma banda, sem integrantes fixos, composta pelos principais músicos que estão em atividade junto ao grupo naquele momento.
    O projeto Charanga é em primeiro lugar uma iniciativa de formação, que tem como objetivo descobrir ou revelar artistas, sendo que em todo o seu tempo de atividade e existência, usou como ferramenta de transmissão de conhecimentos a pesquisa, vivência e a imersão, sendo esses os principais pilares adotados pela referida escola de artes que abriga o projeto. Desde o início todas as ações promovidas no andamento do projeto começam com pesquisas, a cada preparação de um espetáculo, como por exemplo no O Auto da Compadecida, ultimo realizado antes da pandemia, foi necessário um estudo sobre ritmos tradicionais nordestinos, literatura de cordel, personagens importantes, modos de cantar e declamar, bem como um maior envolvimento com a história, não só vendo o filme e ouvindo a trilha sonora, como lendo o livro, para daí criar a própria trilha da versão da obra, ou seja, a cada produção em que a Charanga atua, há um processo profundo de imersão e entrega em relação aos temas estudados, uma prática constante nos períodos presenciais, independentemente de haver produções em andamento ou não. A troca constante de conhecimentos entre integrantes é outra característica de ação dentro projeto, onde a transmissão de conhecimentos musicais se dá, não só do orientador para o orientado, como também entre orientados, exemplificando uma situação comum no andamento das atividades: componentes da área do canto, treinam componentes instrumentistas, e também recebem noções básicas para dominar determinados instrumentos. Essa prática de vivência tornou a charanga, enquanto grupo musical de palco, um coletivo polivalente, onde todos cantam, todos tocam e todos compõem. Somado a todas essas entregas há também as atividades de formação estética, que também é uma vivência que envolve a promoção do acesso a produções maiores, como forma de instigar o processo criativo, bem como ampliar as possibilidades de pesquisa dos participantes do coletivo.
    Em 08 anos de atividade, o projeto hoje chamado Charanga foi responsável pela iniciação e formação de pelo menos 100 indivíduos, quase todos atuando diretamente com arte de forma profissional, seja como arte educadores ou mesmo artistas de carreia, com atuação em gravações, shows, etc. Nesse período de existência foram 07 espetáculos, 01 disco gravado e prêmios em festivais, méritos conquistados através das atividades de formação e vivência contínua, que acontecia semanalmente antes da situação de pandemia, recebendo participantes de várias regiões da cidade. A Escola de Artes AJPS, onde o projeto foi criado e executado, tem uma média de 120 alunos anualmente em seu elenco, desses, pelo menos 20 atuam na Charanga, a cada ano, participando semanalmente da rotina de vivências, estudos e pesquisas, bem como das produções que acontecem ao final de cada ano, sendo esse o ponto alto do aprendizado adquirido nesse período. Não é possível especificar quantos indivíduos já fizeram parte dos programas de formação da Charanga, mas é possível aformar que muitos se tornaram profissionais de arte, seja como artista ou músico, seja como um agente multiplicador ou mesmo um técnico de alguma área ligada à arte.
    O projeto foi iniciado no ano de 2012 como curso de iniciação musical, com aula de violão básico, sendo apenas uma única turma, sem maiores pretensões de atingir níveis de formação artística profissional. Em 2013, com a chegada de novos alunos com maior conhecimento musical, o curso de música virou projeto de vivência, passando a desenvolver conhecimentos gerais sobre música, incluindo canto, percussão e cordas, evolvendo também outras linguagens trazidas pelos participantes naquele momento: sopro, teclas, etc. Em 2015 o projeto evolui para os palcos, sendo batizado com o nome Charanga, passando a criar trilhas sonoras e versões com atuação ao vivo em todos os espetáculos anuais promovidas pela escola, são eles: Mãe Coragem, Bravô, Africanidade, O Rei e o Pássaro, Frida, Corpos Periféricos e O Auto da Compadecida, que aconteceram entre os anos de 2015 e 2019. Nesse período o grupo passou por diversas reciclagens, com novos integrantes sendo agregados a partir das turmas de base, outros chegando já prontos para somar conhecimentos, e antigos seguindo seus caminhos e trabalhos individuais. Em 2018 o grupo ganha a oportunidade de gravar o seu primeiro e único disco, o Varal de Canções, que reúne 10 canções compostas pelos integrantes que estavam à frente do coletivo naquele momento, iniciando assim o formato banda, que é a junção dos principais músicos e artistas do coletivo, sendo esse mais um nível a ser alcançado dentro do projeto.
    A Escola de Artes AJPS, que abriga o projeto Charanga atua desde sua criação com a ideia de abrir o seu espaço para qualquer tipo público, independentemente de qualquer fator que envolva gênero, raça, faixa etária, religião, condição financeira, entre outras definições sociais. O núcleo que compunha esse grupo sempre foi composto por pessoas de diferentes perfis sociais, sendo que ao juntar aos demais passam a ter o mesmo acesso de vivência e aprendizado que todos os outros, independente de qualquer situação de ordem social, sendo esse um grupo de livre atuação, onde a única exigência é o interesse no próprio desenvolvimento artístico.
    O projeto tem início no ano de 2012 como turma de formação musical básica, no ano seguinte passa por um processo de ampliação e vira coletivo musical em 2015. Desse momento em diante esse grupo de músicos ganhou o nome Charanga, sendo então a continuação do curso de base iniciado 3 anos antes, agora com status de banda e núcleo avançado de formação, agora artística e musical, sendo responsável pela construção do processo de direção musical, junto ao diretor condutor, em todos as produções realizadas pela escola de artes que abriga o coletivo, até o presente momento. No intervalo entre 2015 e 2019 foram 07 espetáculos com produção de trilha sonora e atuação ao vivo em todos; participação com premiação em 4 edições seguidas no Festival de Música Jovem de Mogi das Cruzes, incluindo melhor música, melhor arranjo, aclamação popular, 1º, 2º e 3º lugar; e ainda a gravação de um disco oficial intitulado Varal de Canções, gravado em 2018 e lançado em julho de 2019, sendo esse uma compilação de músicas compostas de forma individual por cada um dos integrantes do coletivo naquele momento, acrescentando algumas parcerias entre eles. O projeto está ativo há 08 anos ininterruptos, sendo parado apenas em março após a decretação de pandemia, no momento em que se preparava para se dedicar à veiculação do recém lançado disco.
    Exibição online do espetáculo "Varal de Canções" através da produção de vídeo/show de 80 minutos, incluindo os serviços técnicos de gravação e locação de sistema de internet móvel, filmagem profissional com duas câmreras4K, edição de audiovisual, mixagem e masterização de áudio, técnica de iluminação, assistente de produção e divulgação. O vídeo do espetáculo será exibido em 3 datas diferentes, rodando em diferentes canais de youtube e facebook. R$ 9.946,61; Realização de 1 workshop sobre técnicas de violão popular. R$ 600,00; Realização de 1 workshop de bateria básica. R$ 600,00; Disponibilização de conteúdo fonográfico para acesso livre em plataformas digitais via contrato com distribuidora. R$ 250,00.
    R$ 11.396,61

    Informações: 11 4798-6900
    E-mail: culturamogi@pmmc.com.br

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