Aldir Blanc
Edital nº 019/2020: Projetos Culturais

PROJETOS CULTURAIS 1
Projetos pequeno porte

Classificado 3º Selecionado 48,00 pontos Premiação R$ 5.000,00

  • Púrpura: De Presencial a Virtual

    Proponente: Audrey Valéria Custódio Silva

  • A turnê Púrpura Dois é um projeto onde a cantora e compositora mogiana Valéria Custódio apresenta uma serie de 5 (cinco) shows com canções do seu primeiro álbum autoral, o disco Púrpura. Advindo de uma pesquisa realizada pela artista na história do livro A cor Púrpura da escritora Alice Walker e de personalidades de mulheres negras dentro da cultura como a filosofa Ângela Davis, a proposta traz em sua concepção e construção artística cores, cenários e falas que remetem as lutas e conquistas do povo negro, onde a artista em sua pesquisa, fundamenta seu trabalho com apoio dos recursos históricos; Púrpura tem um acento forte nas matrizes africanas que formam a cultura brasileira. A turnê realizada entre os meses de março e setembro de 2020 acabou tendo shows que se tornaram virtuais em razão da pandemia do coronavírus levando a artista a realizar apenas uma apresentação presencial, essa contando com um público de 3.000 pessoas na praça São Benedito na cidade de Biritiba Mirim, colocando a cantora como uma das primeiras a realizar uma turnê virtual no país alcançando mais de 8.000 pessoas ao final do projeto. Com um repertório voltado para as suas composições solo e/ou em parceria o show Púrpura Dois nos traz a mistura da música brasileira com influências do jazz americano, fruto da construção da personalidade artística da cantora que leva ao palco toda a representatividade e beleza da cultura afro e das mulheres negras dentro do cenário da música independente.
    O show virtual Púrpura Dois foi realizado em meio a pandemia do coronavírus, onde a classe artística em sua totalidade buscava formas e alternativas de se reinventar para continuar a atuação na área. A cantora Valéria Custódio foi uma das primeiras artistas no país a realizar esse novo formato de apresentação como turnê; denominado posteriormente de show virtual, foram quatro apresentações gravadas entre dois espaços culturais, o Teatro Vasques na cidade de Mogi das Cruzes e o Teatro Municipal na cidade de Poá. O registro feito na apresentação nos mostra um cenário amplamente contrário do que se espera em uma apresentação musical em função da pandemia; plateia vazia, placas de uso de máscara obrigatório em todas as portas de entrada e camarins, tornando este um registro importante e histórico de um tempo ímpar de dificuldades que a humanidade enfrentou, onde os trabalhadores da cultura precisaram se reinventar para prosseguir com os projetos e trabalhos. É um registro que traz de forma vivenciada pela própria artista a experiência e escolha de se apresentar em plena pandemia, trazendo não só os relatos desse tempo, mas também a questão de se tornar uma referência para as mulheres negras no meio da música independente.
    O projeto Púrpura é fruto da pesquisa da artista no trabalho do livro A cor Púrpura da escritora negra norte americana Alice Walker e da cultura afro dentro do meio cultural. Através de pesquisas por referências de mulheres negras na área artística para a concepção de seu primeiro álbum, a cantora desenvolveu um amplo estudo sobre personalidades negras e suas trajetórias, uma delas é a ativista e filosofa Ângela Davis. À partir dessa construção solo desenvolveu com o fotografo Maurício Noro um processo de pesquisa na história do filme A cor Púrpura. Durante 1 (um) ano realizaram juntos uma pesquisa de cores, locações para as fotos de divulgação e concepção de imagem que foram sendo criadas para serem usadas no projeto de turnê da artista. O processo de imersão foi realizado com a direção artística, que se deu na concepção da criação de roteiro, cenário, iluminação e falas que foram executadas no show, a cantora se reuniu com o diretor artístico Thiago Costa que assina a turnê virtual ao longo do ano de 2020 onde realizaram pesquisas sobre pensadores e artistas negros e negras como Ângela Davis, Geni Guimarães, Nina Simone e Alice Walker com o intuito de trazer a representatividade da mulher negra no meio musical, cultural, acadêmico e na sociedade.
    O projeto Púrpura Dois trás o registro de 1 (um) show virtual da turnê da artista que reuniu mais de 8.000 (oito mil) pessoas (presencial e virtualmente) através de 5 (cinco) apresentações realizadas nas cidades de Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes e Poá. O projeto conta com a fotografia de Maurício Noro, direção artística de Thiago Costa, produção executiva de Dolores Bah e produção/direção musical de Anderson karvalho. O show de estreia da turnê ocorreu na praça São Benedito na cidade de Biritiba Mirim onde reuniu um público de 3.000 pessoas no dia 08 de março de 2020, em função da pandemia do coronavírus, as demais apresentações foram gravadas e exibidas no formato online, sendo duas no Teatro Vasques da cidade de Mogi das Cruzes e duas no Teatro Municipal na cidade de Poá. A recepção e alcance do público através das apresentações virtuais foram impactantes na carreira da artista que reuniu espectadores da cidade de Madrid na Espanha e Lisboa em Portugal. Os shows virtuais foram gravados entre os dias 24 de julho e 05 de setembro de 2020.
    A turnê Púrpura Dois contou com 5 (cinco) apresentações sendo uma presencial e as demais gravadas e exibidas virtualmente. O primeiro show ocorreu na cidade de Biritiba Mirim no dia 08 de março de 2020 e as gravações dos shows virtuais nas cidades de Mogi das Cruzes e Poá entre os dias 24 de julho e 05 de setembro de 2020. Por se tratar de um registro audiovisual disponibilizado em plataformas virtuais, o projeto se torna acessível em todo o território nacional, por ser um material realizado em língua portuguesa, contribuindo também para a democratização do acesso à cultura no Brasil, priorizando ações focadas em rede nos estados e municípios com menos acesso a oportunidades de fruição cultural.
    O projeto que ocorreu em sua maioria durante a pandemia do coronavirus, trouxe a oportunidade para os trabalhadores da cultura já contratados pela produção, de continuarem a exercer suas funções enquanto o setor cultural estava estagnado e também gerou novos postos de trabalho para o setor do audiovisual fazendo o registro das imagens para os shows virtuais. A artista continua o processo de representatividade dentro do projeto Púrpura Dois escolhendo a produção executiva de Dolores Bah, mulher negra que atua no trabalho de diversos artistas independentes da região do Alto Tiête visando colocar as mulheres em cargo de liderança, trazendo também para a direção, produção musical e banda de apoio músicos negros, buscando cada vez mais ampliar as oportunidades e representatividade dentro do setor cultural independente. O projeto durante sua exibição leva até a sociedade o acesso à cultura em um momento de isolamento social vivido pela pandemia do coronavírus, onde cada pessoa em sua residência pôde acompanhar um show virtual seguindo as recomendações da OMS (organização mundial da saúde) de manter o distanciamento social.
    O projeto é um importante documento histórico por conter imagens e relatos de um tempo em que a sociedade moderna viveu a pandemia do coronavírus no ano de 2020. A história contada a partir do ponto de vista dos trabalhadores da cultura mostra como esse momento foi vivido pela classe artística e como em função do mesmo os novos formatos de apresentação marcaram um ano inteiro em meio a crises econômicas mundiais. A permanência do projeto resulta em sua utilidade para futuros estudos sobre esse momento trazendo em sua narrativa a constatação de que a arte jamais se acabará e se firma como forte aliada para ajudar a escrever os momentos da história vividos pela sociedade.
    O mini documentário Púrpura Dois é um registro gravado à parte da turnê da cantora Valéria Custódio, o projeto apresenta a transição dos shows de seu primeiro disco autoral do formato presencial para o virtual em razão da pandemia do coronavirus. Com imagens de bastidores de shows e ensaios o conteúdo se torna ao longo de seu processo um rico material histórico, trazendo reflexões sobre a questão racial, como o caso de George Floyd e das mulheres negras na sociedade que foram temas fortemente abordados ao longo do ano de 2020. A artista foi uma das primeiras no país a realizar esse novo formato de apresentação como turnê; denominado posteriormente como shows virtuais, os relatos contidos no mini documentário apresenta como os trabalhadores da cultura se reinventaram para prosseguir com suas atividades profissionais. O projeto traz a direção de Maurício Noro, colaboração de Lethicia Galo, produção executiva de Valéria Custódio e Giovana Figueiredo. O material será disponibilizado em plataformas virtuais de forma gratuita, a divulgação será focada na contribuição para democratização do acesso à cultura no Brasil, priorizando ações em estados e municípios com menos acesso a oportunidades de fruição cultural, ficará disponível para estudos e pesquisas em instituições culturais e de ensino que manifestem interesse no mesmo, assim como entrevistas com a artista que se disponibilizará para contar os relatos dessa experiência.
    R$ 4.194,36

    Informações: 11 4798-6900
    E-mail: culturamogi@pmmc.com.br

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