Aldir Blanc
Edital nº 019/2020: Projetos Culturais

PROJETOS CULTURAIS 3
Projetos grande porte

Classificado 27º Suplente 35,00 pontos

  • CAPOEIRA É PRA HOMEM MENINO E MULHER

    Proponente: Joaquim Pedro de Souza Neto

  • O projeto “Capoeira é pra Homem Menino e Mulher”, é um projeto realizado, após anos de imersão, pesquisas e vivências no universo de conhecimento que propõem o estudo e a prática da Capoeira, como aluno do Grupo Cordão de Ouro de Guaratinguetá e São Paulo. Em 2016, com a graduação de instrutor, após a participação na Peça de Teatro “O pagador de Promessa”, realizada pela Companhia de Teatro “Seis e Meio” do Galpão Arthur Neto, fui convidado pelo Espaço Casarão da Mariquinha para criar uma Oficina de Capoeira Permanente no espaço que durou até 2019. Em 2017, mais dois Espaços Culturais da Cidade; o Stúdio Strazzi de Teatro e o Coletivo do Morro abriram oportunidade para realização desse Projeto. Em paralelo, surgem as Oficinas CCMC promovidas pela secretaria de Cultura de Mogi das Cruzes realizadas no Centro Cultural nos meses de Agosto à Dezembro de 2018. E as oficinas do Projetos Férias da Secretária de Cultura de Mogi das Cruzes com workshops de Capoeira realizadas no mês de Julho de 2018 nas escolas Municipais CEMPRE. Em 2019, inscrevemos o Projeto no PROFAC 2019 - (Projeto de Fomento à Arte e Cultura da Secretaria de Cultura da Cidade de Mogi das Cruzes), onde atuei como proponente e executor do Projeto “Capoeira é pra Homem Menino e Mulher” à frente das oficinas de Capoeira - Edital 006 /19 - Modalidade Transversalidade Cultural – Cultura Popular, ministradas em três espaços de Cultura; AMDEM, COLETIVO DO MORRO E STUDIO STRAZZI. O Projeto realizou as aulas gratuitas semanais de Capoeira nos três Espaços Culturais durante 5 meses, para crianças, jovens e adultos. Além das vivências e dos estudos sobre a história da Capoeira, suas influências, fases e atualidades, por meio de roda de conversa e documentários apresentados, foram realizados encontros mensais entre os participantes dos três espaços, com a realização de rodas de capoeira em espaços públicos abertos. Em 7 de Março de 2020 acontece o Primeiro Batizado de Capoeira da Cordão de Ouro de Mogi das Cruzes, onde pudemos contar com a presença de Mestre Ponciano e Mestra Morena professores e alunos do Grupo Cordão de Ouro Guaratinguetá, Mestre Tamanduá e alunos do Grupo Cordão de Ouro do Rio de Janeiro e Mestre Cavalca do Grupo Cordão de Ouro de São Paulo.
    “Capoeira é pra homem, menino e mulher” é um trecho de uma canção de domínio popular cantada nas Rodas de Capoeira pelo mundo. Ela enfatiza que a Capoeira é para todos, independente das diferenças. Com sua origem nas plural das culturas de matrizes africanas, indígenas e europeias; e seus conhecimentos transmitidos através da oralidade, pautada na figura dos Mestres, a Capoeira promove a integração geracional na valorização das tradições para servir como agente multiplicador no desenvolvimento de nossa identidade ancestral, cultural e social no mundo, bem como preserva e difundir valores correspondentes a Cultura Popular e seu patrimônio imaterial. Além de gerar conhecimento, cultura, saúde e bem estar social, o fortalecimento no vínculo dos alunos entre si e com a arte, despertou neles as ações coletivas, nas aulas, nos ensaios, que culminou em um processo de assimilação de formatos de interações sociais que dentro do estudo da Capoeira nos remete as origens de empatia e trabalho em grupo semelhantes aos dos nossos ancestrais quilombolas e indígenas. A busca por manter essa tradição proporcionou ações que buscaram inovações sem perder os fundamentos, como foi na Puxada de Rede do Xaréu, uma dança incorporada pelos grupos de capoeira pelo mundo, onde realizamos ensaios e uma apresentação no Evento final de graduação para pais e convidados. A apresentação da dança ritual, acabou por ser realizada pelas meninas e o canto feito pelos meninos, invertendo os papeis metaforicamente representando a valorização da força feminina dentro das tradições Culturais.
    O projeto trabalhou basicamente com as vivências, seguindo uma linha de aplicação gradativa baseada no rendimento gradual dos alunos situando os nos aspectos e nas influências históricas da Capoeira. Sendo que no primeiro mês, realizamos a introdução da Capoeira e suas as influências africanas, através de estudos de documentários, pesquisas e práticas dos movimentos ancestrais originários. No Segundo mês realizamos um estudo com pesquisas compartilhadas sobre a capoeira Regional e prática de seus movimentos e sequências. No terceiro mês fizemos o mesmo estudo de pesquisas, assistimos documentários e práticas dos movimentos da Capoeira Angola. Nos dois últimos meses realizamos um pouco de imersão nos processos de pesquisas sobre as danças na Capoeira; Maculelê, Samba de Roda e Puxada de Rede e seus cantos, realizando ensaios e apresentações. E pra fechar o conteúdo programado, realizamos um estudo da Musicalidade da Capoeira com a prática de cantos e toques de instrumentos. ( Berimbau, Pandeiro, Atabaque, Reco-reco e Agogô )
    A importância do projeto foi promover a troca de conhecimento, seu impacto foi aumento dos agentes multiplicadores para difundir a cultura da capoeira na cidade, além de dialogar com as diversas expressões culturais, tais como: a dança, a música, o teatro e a poesia. Também alcançou a integração social dos Grupos envolvidos e o aumento das vivências nos espaços culturais do centro da cidade. O resultado ficou além do esperado, onde ultrapassa a demanda de participantes após o término dos cinco meses, com a procura de novos alunos para a prática e o mais importante foi formação de um grupo sólido e homogêneo nos estudos da Cultura Popular pela prática da Capoeira, consolidando o grupo Cordão de Ouro na Cidade de Mogi das Cruzes.
    O Projeto foi realizado em três espaços culturais situados em bairros Mogi das Cruzes, onde o trabalho com a capoeira já havia iniciado: AMDEM – Associação Mogicruzense para defesa da criança e do Adolescente com sede na Rua Antônio Cordeiro, 164 – Jardim Veneza. ESTUDIO STRAZZI de Teatro e Artes do Corpo é um espaço cultural que fomenta o ensino e formação nas áreas das artes do corpo, principalmente teatro e artes da cena. Com sede da Av. Japão, 46 – Vila Vitória. COLETIVO DO MORRO – Um Espaço particular que desde 1981 é cedido por seus moradores para atividades culturais coletivas e gratuitas, como o Hip Hop, Dança de Rua, Capoeira, teatro, circo e outros. Com sede na Rua Cap. Paulino Freire, 381 – Vila Bela Vista. O Projeto foi iniciado em 01/10/2019 e finalizou em 30/03/2020.
    Além do aumento no desenvolvimento psicomotor e cognitivo dos participantes através das práticas e vivências semanais, danças, cantos, instrumentos musicais e a poesia. A Capoeira firmou a integração com a diversidade cultural característica de cada espaço atendido pelo Projeto aumentando a convivência entre os alunos e o diálogo entre os espaços e equipamentos culturais existentes no centro da cidade, com a realização de Rodas e Vivências ao ar Livre. As ações trouxeram homogeneidade ao grupo composto por crianças, jovens e adultos em sua diversidade e variadas comunidades, como do: DO AXÉ, LGBTI+Q, HIPHOP, CIRCO, TEATRO, UNIVERSITÁRIOS, PROFESSORES, JOVENS ATENDIDOS EM TRABALHOS SOCIAIS E PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. Todas as aulas foram adaptadas para atender a todos e promover a troca de conhecimento entre eles.
    A realização deste projeto procurou exercer um aspecto positivo permanente na formação de agentes multiplicadores de conhecimentos e habilidades, estimulando e propagando a necessidade de se conhecer a Cultura Popular, bem como difundi-la através da Capoeira como arte educadora e propositora da integração cultural dos espaços contemplados no Projeto, proporcionando a continuidade das atividades da Capoeira bem como o crescimento do número de participantes e dos espaços atendidos após o término do Projeto, onde em março de 2020 recebemos o convite da TRADEF (Trabalho de Apoio ao Deficiente)- uma entidade sem fins lucrativos que realiza o atendimento e prestação de serviços para pessoas com deficiência, possibilitando: a inclusão, ampliação, permanência e a continuidade do trabalho.

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