Realizamos uma mostra pelo aniversário da Cia. no Centro Cultural de Mogi das Cruzes, e a circulação do infantil "A Macieira que queria uma Estrela", no CEMPRE Prof. Lourdes Romeiro Iannuzzi. Tudo gratuito.
Sinopses das peças que compuseram o projeto:
A Macieira que queria uma Estrela
Em uma brincadeira colorida, o relacionamento entre a Mãe Natureza e uma jovem macieira cheia de desejos e insatisfações. Sob uma forma simples, muitas emoções e conflitos são discutidos.
Mesclamos teatro com contação de história, um dos focos de pesquisa da companhia. A estética é simples e voltada para a construção do faz de conta, ao criar, aos poucos, uma árvore sobre o corpo do ator.
O texto aborda a autossatisfação, auto aceitação, busca de objetivos e um caminho pessoal; o respeito pelas diferenças, respeito ao meio ambiente, a importância do esforço pessoal e determinação; e convivência em família.
O caráter interativo solicita a participação da plateia na trilha sonora através de percussão corporal e onomatopeias, sempre regida pelo “Contra-regra”.
Ao final do espetáculo, uma surpresa, as crianças percebem suas capacidades de auto realização.
Espelho, O Gatinho
Após a morte da dona, o gato Espelho assina um acordo com o bruxo local: vender sua banha em troca de conforto e comida por um curto período de tempo. Arrependido, o bichano encontra formas muito criativas de enganar o bruxo.
Três atores, máscaras e bonecos dividem a cena. O fio condutor é narrado pela contadora. O cenário, bonecos, máscaras, adereços e figurinos são muito coloridos e atrativos para o olhar infantil. A estética dos contos de fada inspira a criação.
Macunaíma – A Viagem Pequenota
Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, nasce numa tribo indígena e parte em viagem através do país na busca de uma pedra recebida de presente por sua amada Ci, a chefe das Amazonas. O herói acaba sozinho na tapera de origem, e vira uma constelação.
A antropofagia dos modernistas é abordada em texto cinicamente magistral de Mário de Andrade. A adaptação é resultado de um dos campos de pesquisa da Cia. Radiophônica, a semiótica. A proposta é a leitura do significado de objetos (das culturas européia, africana e indígena). A história é contada em off, em gravação com música e efeitos, e os atores dão vida aos objetos e bonecos.
Estressados
A história de uma família comum, de classe média, é o fio condutor para se abordar diversas situações em que os membros (pai, mãe, filha, avó...), e outros personagens satélite, como médicos da família, a professora, o mecânico do carro, o técnico do computador, o patrão, a apresentadora de TV, o gerente do banco, o ladrão, etc, vivem ou provocam situações estressantes.
A história começa com o nascimento da personagem Maria da Aflição Ligeiro, e termina em seu aniversário de 45 anos.
Quatro atores revezam-se entre todos os papéis, numa troca dinâmica de figurinos e perucas.
Os espetáculos funcionaram como referência de diversas linguagens para grupos iniciantes que desabrocham na cidade, e experiências inéditas para muitos expectadores que jamais haviam assistido um espetáculo teatral e reportaram seu encantamento.
Os quatro espetáculos foram desenvolvidos através das linguagens de contação de histórias, teatro de bonecos, teatro de máscaras, teatro de objetos e teatro naturalista, o que caracterizou a versatilidade da companhia.
Da mesma forma, os espetáculos foram desenvolvidos a partir de literatura brasileira e internacional em domínio público e textos autorais da companhia.
A criação dos espetáculos exigiu pesquisa histórica, estética e técnica de linguagens. Parte do elenco atual da companhia é composto por atores que atuam, pesquisam e convivem familiarmente desde o início de sua história. Outros membros do elenco foram integrados há vinte anos. Essa intimidade favorece uma dinâmica de trabalho muito produtiva em que a troca de experiências enriquece o resultado final.
Os espetáculos apresentados na mostra foram resgatados do repertório num conjunto de ensaios em que o elenco colaborou na releitura e atualização.
Houve divulgação na mídia impressa( Mogi NEWS e DIARIO de Mogi) e Televisiva(G1 e TV Diário).
Realizamos quatro sessões do espetáculo infantil, “A Macieira que queria uma Estrela”, no CEMPRE de Jundiapeba. O público total foi de 500 crianças acompanhadas pelos professores. A receptividade do público foi excelente, as crianças participaram ativamente da sonoplastia, e ao final do espetáculo, manifestaram a satisfação com comentários, elogios, abraços e beijos.
As crianças pediram que a Cia. voltasse com outros espetáculos.
“Espelho, o Gatinho” também teve grande aceitação por parte das crianças e seus pais, com pedidos para tirar fotos com o elenco, no final. Pais e crianças também solicitaram outras sessões e espetáculos.
Ao final de “Macunaíma”, foi gerado um debate com o público, dentre o qual, havia professores, bibliotecários e amantes da literatura. A interpretação simbólica da obra foi discutida e a estética inusitada gerou grande impacto.
“Estressados” contou com casa lotada no Centro Cultural de Mogi das Cruzes e provocou muito riso e diversão. A plateia identificou-se com os personagens, que representaram no palco situações de estresse vividas por cidadãos comuns.
Nas redes sociais, após a mostra, recebemos muitos elogios e cumprimentos por parte do público que prestigiou os espetáculos.
A Macieira que queria uma estrela foi realizada no CEMPRE Prof. Lourdes Romeiro Iannuzzi (4 apresentações no dia 9 de Novembro de 2019)
As três outras apresentações foram realizadas no Centro Cultural de Mogi das Cruzes nos dias 22 e 23 de Novembro de 2019.
“Macunaíma” aborda a questão da miscigenação na formação do povo brasileiro e exalta as culturas indígenas, negra e o folclore do Brasil.
O projeto foi realizado em Novembro de 2019 e a continuidade foi impedida com a ocorrência da pandemia. Havia datas reservadas no Centro Cultural de Mogi que, naturalmente, não foram utilizadas.