Aldir Blanc
Edital nº 019/2020: Projetos Culturais

PROJETOS CULTURAIS 3
Projetos grande porte

Classificado 1º Suplente 46,00 pontos

  • A(mor)te

    Proponente: Italo de Araujo Leal

  • Sob a perspectiva e singularidade da crônica de Martha Medeiros o espetáculo "A(mor)te" mergulhou nas tratativas da vida cotidiana e do ser contemporâneo na sociedade, suas particularidades, anseios e de forma poética e intensa mostrou ao público atravessamentos diretos e provocações durante seus 40 minutos de duração. Viver todos os dias o mesmo caminho, vestir a mesma roupa, comer as mesmas coisas, se condicionar as imagens que te aparecem na TV, eram frases que norteavam o fazer no corpo de dois artistas negros, periféricos e jovens que por meio de movimentações contemporâneas ativaram estados corporais para as dramaturgias emergentes das provocações da bailarina do Balé da Cidade de São Paulo, Jéssica Fadul, que de forma única trouxe ativações durante todo o processo de criação do espetáculo. Durante a criação do espetáculo as histórias iam além da crônica, os interpretes vivenciaram no seu dia a dia questões raciais, étnicas, sociais e sociais que falavam diretamente com os processos que aconteciam dentro de sala de aula. "A(mor)te" se realizou em diversos espaços, públicos e privados, que tiveram espectadores das mais diversas áreas e níveis sociais assistiram o espetáculo e puderam após a apresentação relatar suas expectativas e suas conexões com as poéticas mostradas na cena desse espetáculo, e os relatos foram tão intensos quanto as apresentações e por muitas vezes modificavam diretamente o fazer em dança dos bailarinos, ocasionando assim uma ressignificação do processo que nunca acaba, está sempre ativo e se torna palpável e modificável, assim, o processo do espetáculo "A(mor)te" se deu de forma única e potente por ser sempre modificável e experiencial.
    O Projeto A(mor)te traz em suas particularidades um aspecto ainda pouco visto dentro da estética da dança em Mogi das Cruzes, sua concepção e seus conceitos de criação se dão a partir do corpo e somente por ele, o que traz a dramaturgia com aspectos sociais e contemporâneos que se atravessam pelo dia a dia e podem ser esgarçados na cena, dando o tom de questionamento ao público e até a possibilidade de participação ativa durante o processo de criação e até mesmo após. Tratar da dança sob o olhar de uma cronista e de um texto para a direção da concepção também dão ao Projeto "A(mor)te" potencia e continuidade para melhor percepção dos espectadores. Dentro de suas singularidades está na abertura de um processo ao público, por meio de dois workshops que se realizaram no Teatro da Neura em Suzano e na AJPS em César de Souza, o que pressupõe a ideia de aproximação de novos artistas e de novos apontamentos sob a medida de novos corpos. Além de algo que para os aspectos da dança ainda não são tão vistos na cidade de Mogi das Cruzes, como a permanência dos artistas em cena durante todo o espetáculo, troca de figurinos e cenário móvel que pode ser modificável a todos os espaços e condições em que o espetáculo se submeteu.
    A pesquisa e vivência foram norteadores para a criação do projeto "A(mor)te", desde sua concepção escrita para a plataforma do Profac, o objetivo não era a montagem de um espetáculo de dança contemporânea mas uma pesquisa corporal que poderia ser apresentável e sempre afetada pelas mais diversas possibilidades de atravessamentos, tanto durante o processo de criação, como nos relatos dos espectadores ao termino de cada sessão, até os workshops realizados. Além da potencialidade de poder apresentar em uma praça pública, onde os espectadores não eram fixos, dando mais vivacidade ao processo e proporcionando experiências ímpares a todos que estavam ao redor.
    projeto se realizou de Setembro de 2019 á Março de 2020. Com 2 ensaios abertos durante o processo de criação para estudantes de dança. 3 provocações cênicas com a bailarina do balé da Cidade de São Paulo Jéssica Fadul 4 apresentações em espaços públicos e privados na Cidade de Mogi das Cruzes e Suzano sendo eles: Ceu das Artes Vila Nova União, AJPS em Cesar de Souza, Praça da Matriz em Mogi das Cruzes e Teatro da Neura em Suzano. Além de dois workshops que se realizaram na AJPS e no Teatro da Neura respectivamente. Entre todas essas ações estima-se que 1 mil pessoas experimentaram o projeto "A(mor)te". Dentro da equipe técnica e artística haviam: 2 interpretes criadores, 1 provocadora, 1 técnico de som, 1 técnico de luz, 1 fotografo, 2 staffs, 1 contadora, 1 costureira, 1 motorista, 1 designer, 1 assessora de imprensa.
    07 de Fevereiro de 2020 - Ceu das Artes Vila Nova União (espaço multifuncional que dialoga arte, cidadania e politicas públicas com a periferia de Mogi das Cruzes) 08 de Fevereiro de 2020 - Praça da Matriz de Mogi das Cruzes (apesar de estar localizada no centro de Mogi das Cruzes a praça da Matriz recebe muitas pessoas de toda a cidade por ser um local de muita circulação de ônibus, proporcionando assim de forma indireta o acesso ao espetáculo) 08 de Fevereiro de 2020 - Teatro da Neura em Suzano 14 de Fevereiro de 2020 - AJPS em Cesar de Souza (associação de moradores que promove a jovens do distrito de Cesar o acesso a aulas de artes)
    O Projeto "A(mor)te" promoveu o acesso a cultura na periferia, democratização da cultura por meio da acessibilidade e gratuidade dos espetáculos, acesso a informação por meio de debates e conversas após os espetáculos e a profissionalização de artistas e trabalhadores da cultura por meio de financiamento público na cidade de Mogi das Cruzes, além de promover acesso a outras cidades ao fazer artístico que acontece na cidade de Mogi.
    A proposta deste projeto é por meio de financiamentos culturais promover acesso a este espetáculo, a abertura para novos integrantes na composição da cena, além de novos espetáculos que atravessem a temática cotidiana, profissionalizando e democratizando a cultura tanto em Mogi como em outras cidades.

    Informações: 11 4798-6900
    E-mail: culturamogi@pmmc.com.br

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