Aldir Blanc
Edital nº 017/2020: Prêmio Mogi das Cruzes de Artes Plásticas

Obras de Arte 1
Obras de Arte 1

Classificado 30º Selecionado 48,20 pontos Premiação R$ 2.000,00

  • Lucas da Silva Ferreira #3

    Proponente: Lucas da Silva Ferreira

  • Licenciade em Artes Visuais pela Faculdade Paulista de Artes - FPA (2015) e licenciade em Arte Teatro no Instituto de Artes da - UNESP (2019). Nas artes cênicas desenvolveu trabalhos com: Cia. Marrakesh (2008), Cia do Escândalo (2011-2013), longa metragem Serra Pelada, do diretor Heitor Dhalia (2012), grupo Jabuticaqui Ritmo e Tradição (2011-2015) e Coletivo Bendita Água de Pesquisa Cênica (2015-2016), e com a Cia Strazzi no espetáculo Teatral É Agora (contemplado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, 2019 e 2020, cuja as apresentações foram suspensas por decorrência do período de isolamento social). Em artes visuais: produziu sua primeira série de xilogravuras denominada [TRANS]CÊDENCIA, (2015), performance-apelo a Rafael Braga Memória Indolente (2015), foi diretore de arte e cenógrafe do Show “Estreitos Nós” (2013). Ilustradore do encarte do álbum- “Reinado de Congos Mogi das Cruzes Cantos e Marchas”(PROAC 2014). Participou da Printa Feira organizado pelo SESC 24 de Maio (2019), participou do Projeto Andorinha na escola EMEI Borba Gato (2019). Trabalhou na concepção visual da publicação “Cospe Fogo”, da poeta Joana Côrtes, em parceria com a artista visual Mayra Suzuki. (2019). Ilustradore das logomarcas “Saia Sem Gênero”, banda “Cardume” e “Brendo de Lima” Voz (2020). Tem estudado xilogravura e outras artes impressas com artistas como Sheila Ortega, Augusto Sampaio e Santídio Pereira. Atuou como educadore na: Escola Estadual Conjunto Toyama (2012-2013), Museu de Arte Sacra de São Paulo (2013-2014), Pinacoteca do Estado de São paulo no Programa de Inclusão Sociocultural- PISC (2014-2016), projeto No Rastro da Tradição (contemplado pelo programa para a Valorização de iniciativas culturais - VAI, 2016), na Exposição German Lorca, arte, ofício, artifício - SESC bom retiro (2016-2017), Ong Centro de Convivência Gracinha (2017-2018). Participou da roda de conversa - Educação e Resistência (Virada Educação São Paulo, 2018). Idealizadore do Slam Gracinha (2017-2018), atuou como professore performer no Ciclo de Aulas Performáticas na E.E. Marina Cintra (2019), aprofundou-se na linguagem da performance no curso: Multyrão de Imaginação Política, Performativa e Pedagógica - Coletivo Parabelo (2019). E recentemente participou do projeto virtual Encontros - Os corpos (fora) da sala de aula, organizado pela artista Diane Bodas e a Casa de Cultura da Vila Guilherme (2020) expondo a Monografia: A bixa matou aula ou a escola matou a bixa ? - Literatura, Gênero e Performance sob a Orientação da Profª Dra Denise Pereira Rachel pelo instituto de artes da UNESP. Também atuou em parceria com a artista Amanda Chaptiska na oficina virtual - Experimentando Obras de Arte com o Corpo. Atualmente integra ao projeto literário e audiovisual “Cuirgrafia: Reescrever corpas em casa” com les artistas Amanda Chaptiska e Brendo de Lima, contemplado pela Mostra Virtual de Arte, financiado pela Prefeitura de Mogi, por meio da secretaria de Cultura.
    Possui mais de 10 anos de experiência comprovada.
    OBRAS DE ARTE 1 - Prêmio de R$2.000,00
    Santíssima Trindade. (2018) Xilogravura, tinta tipográfica impressa em papel japonês. 50x50cm “Santíssima Trindade” foi elaborado a partir da observação de estudos de modelo vivo, de corpos interpelados como masculinos, desenhados por artistas do século XIX no contexto do tecnicismo das academias de belas artes. Aqui a figura central da obra se repete três vezes, mas se apresentando de formas distintas, sempre com as mão acobertando a região das genitálias. Na esquerda, este corpo tido como masculino se apresenta trajado de um sutiã, meia arrastão, e um terço no pescoço; no centro se apresenta um corpo desnudo; e a direita, a figura passa a trajar uma cueca, dessa vez segurando o terço por entre a mão. A repetição propositiva vem como maneira de comunicar as lacunas que habitam os entendimentos das categorias de gênero, trás para a discussão um terceiro corpo, que despido, não pode ser lido, se mantém entre o feminino e o masculino, anuncia as outras vivências que são mantidas marginalizadas. O terço presente na imagem, o título da obra, e a escolha de serem três corpos, faz menção às construções de gênero, vinculadas ao cristianismo, a forma como a moralidade da religião cristã, interfere na compreensão destes corpos. As três personagens, neste trabalho se apresentam de formas vulneráveis, mesmo a figura central que se apresenta liberta do elemento do terço. A xilogravura Santíssima Trindade foi gravada em uma matriz redonda, no tampo de madeira compensada, provavelmente de um tonel, encontrado em uma caçamba. As gravuras foram impressas em papel de arroz Japonês, cuja porosidade proporciona com que a tinta não vaze óleo nas margens da imagem, auxiliando no processo de conservação da obra. O entintamento se deu com tinta tipográfica preta e para impressão, foi usado uma prensa manual, no ateliê da oficina Investigações: Imagens Impressas, ofertada pela programação do SESC Pompéia, sob supervisão do artista professor Augusto Sampaio. Outra série desse trabalho também foi produzido com impressões sobre tecido de algodão vermelho, com interferências feitas com bordados usando linha meadas, na cor vermelha, azul e amarela. Para exibição deste trabalho em espaço expositivo recomenda-se instalar a obra em área interna, suspendê-la em parede, presa nos ganchos fixados na região posterior da moldura.

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