Autodidata na pintura e na escultura e herdei de meu pai a vocação para a serigrafia e a arte de gravar. Tive em minha vida um grande mestre, meu avô Agenor Dias, que me ensinou a trabalhar com ferramentas e a planejar as ações antes de executá-las. Foi meu primeiro incentivador nas artes. Esses ensinamentos, somados ao convívio com ele em sua oficina, fizeram com que tivesse a percepção no uso da ferramenta adequada para as diferentes materialidades, permitindo que minhas ideias fluam ao expressá-las em qualquer que seja a técnica ou material escolhido. Desde 1997 até os dias atuais, trabalho na área da serigrafia com impressões em diversos tipos de substratos e, nos últimos anos, produzindo gravuras com essa mesma técnica de impressão. O tempo dedicado a esta arte fez com que me apaixonasse ainda mais pelas gravuras, o que me levou a fazer trabalhos em xilogravura e em metal. A arte sempre fez parte da minha vida, paralelamente, ao meu ofício de serigráfico. Transitei por outras técnicas e sempre sonhando em um dia dedicar-me exclusivamente à Arte, até que, em 2014, aos 35 anos de idade, decidi cursar a faculdade de Artes Visuais para adquirir mais conhecimento e dar um impulso para essa nova fase da minha vida, o início da minha carreira como Artista. Somando-se a todas as experiências de vida, repertório visual, habilidades adquiridas e influências artísticas cravadas na minha memória. Outra grande paixão é a cerâmica. Há seis anos venho estudando com Miha Nakatani, filha de um dos melhores ceramistas do Brasil. Atualmente, é minha principal atividade nas artes. • Quatro obras expostas na Pinacoteca de Mogi das Cruzes. • Expositor de peças cerâmicas no Festival de Cerâmica do Casarão do Chá 2017, 2018 e 2019. • Apliquei oficinas de modelagem em argila nos Festivais de Cerâmica do Casarão do Chá nos anos 2016, 2017, 2018 e 2019. • Participação no 5º Salão de Artes de Mogi das Cruzes com a obra "Entre Vilaró e Eu". • Participação em várias feiras de artes nos anos de 2018 e 2019. • Ministrei palestra e oficina de Processos Serigráficos na Semana de Artes da Universidade Cruzeiro do Sul.

Possui entre 5 e 9 anos de experiência comprovada.

OBRAS DE ARTE 2 - Prêmio de R$4.000,00

Título: S/ Título Assemblage Objetos uso cotidiano Artista: Matheus Dias Ano: 2015 Medidas: 45 x 42 x 20 cm A / L / P Peso aproximado: 2 kg Essa escultura contemporânea de assemblage de objetos é uma continuidade do tema sobre reflexão a morte trabalhada em outras obras do artista. Nessa obra levanta-se as questões do rito de passagem simbolizada em cada objeto. Inicia-se a leitura de baixo para cima, na base temos uma peneira para simbolizar a primeira separação dos atos, onde só passarão os mais finos e logo as partes mais grossas serão identificadas. O bule está representado na forma inversa do seu uso habitual, a entrada é pelo bico, em sua ponta se encontra um funil para uma segunda filtragem dos atos, passando por uma entrada mais estreita a câmara principal que está cheia de água, símbolo de purificação. Esse velho e simples bule também representa um cálice sagrado. O cabide utilizado para pendurar roupas, nessa obra representa uma cruz, onde Cristo foi pregado, por isso o martelo em uma das laterais e na outra a torquês, ferramenta utilizada para tirar Cristo da cruz. Em sua ponta estão as chaves do Reino dos Céus. Sobre o bule equilibra-se o esquadro, símbolo de retidão, ângulo reto, uma reflexão que proponho para os nossos atos, do quê adianta crer em tudo que represento nessa obra sem pensar que para essa passagem temos que ter em vida essa retidão.